O Vasco terminou 2017 em alta, classificou para a Libertadores, quando ninguém esperava. Voltou para o torneio mais importante das Américas depois de seis anos longe dele, a última vez tinha sido em 2012, quando conquistou a Copa do Brasil. Mas estava tudo bom para ser verdade em São Januário. O ano de 2018 começou, e com ele chegou a crise no Cruz-maltino. O cenário dentro do clube não é nem um pouco favorável.
Começando pela crise política. O Vasco iniciou os trabalhos nesta temporada sem saber quem será o presidente no próximo triênio. Precisa montar uma equipe para jogar a Libertadores, que começa no final do mês, mas não tem um cartola. Quem vai querer assinar contrato com um clube, sem saber quem é o seu patrão?
Essa guerra política atrapalha o clube de todas as formas. Eurico Miranda da situação faz de tudo para permanecer no cargo. As atenções dele que deveriam ficar voltadas para montagem do elenco, na verdade estão na manutenção do seu poder.
E não para por ai. O Vasco também vive uma grande crise financeira, os jogadores estão com salários atrasados por cerca de três meses. A insatisfação dos jogadores já chegou na imprensa. Anderson Martins, um dos principais jogadores do time, não está nem um pouco contente com esse cenário.
Por último, vem a crise de imagem do Vasco. Esses problemas acabam vazando, e chegando nos ouvidos de todo mundo. Então quem está afim de jogar num clube cheio de problemas? Jogadores falam com jogadores, empresários falam com empresários.
”8 meses de imagem, 3 salários, férias e 13º, sem falar que FGTS não está sendo resgatado e pediram empréstimo ainda, como?”, disse o empresário do Paulão publicamente, nesta sexta-feira.
Todos envolvidos com o futebol ficam cientes dessas coisas. A imagem está manchada neste momento. Só vem atuar pelo Cruz-maltino quem não tem nenhuma expectativa e algo melhor.