Uma criança gastou cerca de dois mil reais de sua tia em roupinhas novas e exclusivas para seu personagem de videogame favorito. Um crime que envolve vários outros como fraude, aliciamento de menores, acareação e tudo acabou indo para a justiça e resolvido num tribunal.
Tudo aconteceu depois que Roberta postou em sua página do Twitter, um longo texto contando toda essa história, que mais parecia uma novela, o crime envolve uma criança e o desleixo de deixar um cartão de crédito ao alcance de uma criança.
O personagem central dessa história é o primo, mas para não constranger não revelaremos o nome, iremos apenas chama-lo de Didi.
Roberta conta, que ela e o namorado, a uns tempos atrás, adoravam jogar “League of Legends”, o namorado no jogo como era conhecido como “Rasta”. O seu primo Didi, nessa época ainda era uma crinaça inocente de apenas 9 anos de idade, mas já gostava do “LoL”. Ele adorava meu namorado “Rasta”, tanto que adotou o nickname de “Rasta Jr.” para poder jogar.
O Didi adorava jogar, um belo dia pediu a mãe de Roberta, que desse “RPs”, que é o nome do dinheiro do jogo, para poder comprar roupinhas para seu personagem. Ela acabou dando um vale de R$ 40 em “RPs” de presente de aniversário ao garoto. Com esse “RPs” a pessoa poderá comprar algumas coisas no jogo, mas que não influenciam no jogo em si.
Um belo dia a mãe de Roberta, muito brava com ela.
O papo rolou assim:
“- Roberta, tá com o computador ligado? Eu preciso que você faça uma busca pra mim.
– Aconteceu alguma coisa?
– Sim, acho que clonaram o meu cartão. Eu tô desesperada.
– Procura aí pra mim, vou soletrar. R, I, O, T…
– Riot Games?
– Sim, você conhece isso?
– Sim, ué, é a empresa que produz o “LoL”
– PUTA QUE PARIUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU”
A mãe de Roberta estava emputecida, disse que mataria o Didi. Roberta Pensou, “Riot Games + Didi + cartão de crédito. Só poderia ter dado merda”.
A mãe dela, estava mais calma depois de saber, que o cartão havia sido bloqueado, por apresentar na sua conta uma atividade suspeita. O Didi havia comprado R$ 2.000 da loja da Riot Games.
Como uma pequena criança teve capacidade de fazer isso, Roberta estava indo pessoalmente matar o primo, como subestimamos a capacidade de uma criança fazer essas coisas. Nesse momento, resolvemos fazer uma reunião da cúpula familiar, para ver como resolver esse impasse, Roberta teve uma ideia genial, iria olhar a conta do Didi no “LoL” e ver se ele tinha comprado. Ele ficou como essa cara!
Porque até então ele estava bem quieto, tentou até disfarçar, dizendo que não lembrava da senha, mas não teve jeito ele teve que mostrar a conta. Lá tinham 8 mil RP’s. Ele estava rico no mundo do jogo.
O histórico de compra tinha muita skin de personagem, era um recorde. Ele adquiriu tudo que viu pela frente. Era o rei da ostentação do jogo. Assim foi constatada a prova do crime, mas Didi, negava que tinha comprado com o cartão da tia. A reunião virou uma verdadeira confusão. Todos falavam ao mesmo tempo, o Didi caiu no choro, a mãe dele o defendia e a mãe da Roberta gritando “POR QUE EU?????”.
Minha vovozinha de 88 anos, sem saber de o que estava acontecendo, estava assim:
Didi tomou coragem e disse, “Tá bom, eu falo. Mas você tem que prometer que não vai brigar comigo”.
Roberta não se aguentou e respondeu: “pode deixar! Você fez uma dívida de DOIS MIL REAIS mas ela não vai brigar com você, a gente vai é te dar mais RP como prêmio pela sinceridade”. Didi nesse momento coloca outra pessoa no rolo, que chamaremos de Dedé, dizendo, “fui eu sim. Mas o Dedé que me convenceu”.
A mãe de Didi na mesma hora exclama: “Eu vou ter que ir lá MATAR ESSE GAROTO”. Dedé e Didi eram cúmplices. Eles dividiam a senha no jogo na tentativa de melhorar o nível da conta do amigo no jogo, mas um dia Dedé descobriu que havia um cartão de crédito cadastrado na conta do amigo e aprontou essa presepada”.
Roberta então resolveu investigar o crime e descobriu tudo. O Didi comprava os itens para o Dedé como presente.
O garoto usava a ingenuidade de Didi, fazia chantagem, dizia a ele que se ele não pegasse o código de cartão não seria mais amiguinho da criança. Mas também comprava algumas coisas para o Didi, como um presente pelo silêncio dele. A mãe do Didi, ligou para a mãe do Dedé e quase que foram parar em um tribunal.
A mãe do Dedé alegava “falta de provas” e se recusava pagar o prejuízo. Dedé, mais malandro jogava toda a culpa em Didi, dizendo que o amigo dava as coisas porque queria. No final de tudo, as compras foram estornadas do cartão de mãe de Renata e tudo ficou bem. Mas atenção com seu cartão de credito, isso pode acontecer com qualquer um.